SERVIDORES DA EDUCAÇÃO BLOQUEIAM RUAS POR FALTA DE SALÁRIO
Pelo menos 300 servidores da educação pública fizeram um
protesto na manhã desta terça-feira (27) em frente a sede da prefeitura de
Santarém. Com faixas, cartazes, o grupo gritava palavras de ordem para cobrar
do Governo o pagamento de salários referentes ao mês de dezembro, que segundo a
categoria, estão atrasados.
Antes os servidores se reuniram em assembleia no Sindicado
dos Profissionais de Educação de Santarém (Sinprosan). De lá, eles saíram em
caminhada até a sede do Governo, na avenida Anísio Chaves. Parte dos
manifestantes bloquearam o cruzamento da avenida Anísio Chaves com Sérgio Henn,
perto da Prefeitura.
Os profissionais também protestaram pela retirada dos
professores de Educação Física, que davam aula para turmas de 1º ao 5ª ano do
ensino fundamental e ainda a retirada de professores de informática com mais de
20 anos de atuação e a colocação de técnicos, além da redução de carga horária
para professores efetivos.
As condições da merenda escolar servida nas escolas também
foi alvo de críticas ao governo. “As nossas crianças estão com merenda escolar
com péssima qualidade e nós estamos convocando os pais para visitar as escolas,
conversar com os gestores para saber como está a merenda escolar dos seus
filhos”, disse o professor Carlos Assis.
Segundo a categoria, o município possui mais de 6 mil
funcionários só na educação e que mais de 60% deles são temporários e muitos
ainda não receberam o salário de dezembro. “O não pagamento do mês de dezembro
em dias nos acarretou juros que a prefeitura não vai pagar, ou seja,
prejuízos”, disse o professor Nivaldo Frota.
O Governo declarou em nota que uma comissão do Sinprosan foi
recebida ainda pela manhã pelo prefeito em exercício José Maria Tapajós, a
secretária de educação Mara Belo e o chefe de gabinete Erasmo Maia, onde foram
pontuadas as pautas de reivindicações e os contrapontos necessários.
Ainda segundo o Governo, todos acordaram em fazer um novo
encontro, desta vez, com a presença do prefeito Nélio Aguiar, previsto para
quinta ou sexta-feira, em busca de um consenso sobre o calendário letivo de
2018, hora-atividade dos servidores efetivos da educação, portaria de lotação,
educação indígena e quilombola.
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