EDUCAÇÃO FINANCEIRA AGORA FAZ PARTE DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)!!
Com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
a educação financeira passa a ser obrigatória e deverá ser abordada
principalmente em Matemática e Ciências da Natureza para crianças do ensino
fundamental. O Banco Central (BC) participou do processo de elaboração do
documento, que começa a valer a partir do próximo ano letivo, por meio de
audiências públicas. A educação financeira é o processo mediante o qual os
indivíduos e as sociedades melhoram sua compreensão dos conceitos e produtos financeiros.
A gestão das finanças precisa levar em conta as oportunidades e os riscos para
que se façam escolhas embasadas.
A base é uma diretriz para a formação da grade curricular
das escolas de todo o país. A inclusão do assunto na BNCC foi fruto da iniciativa
do Banco Central em conjunto com entidades parceiras. "O Banco Central
participou de diversas audiências públicas. O BC tem historicamente liderado a
construção do conteúdo de educação financeira para as escolas, junto com os
demais integrantes do Comitê Nacional de Educação Financeira, no âmbito do
Grupo de Apoio Pedagógico, presidido pelo MEC", relata Isaac Sidney,
diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a Base
Nacional estabelece as áreas de conhecimento obrigatórias, mas os estados e
municípios decidem como os temas entrarão na grade. "A carga horária
reduzida da maior parte das escolas públicas brasileiras dificulta a inserção
dos temas transversais em sua grade horária. A BNCC formaliza a educação
financeira e apresenta diversos temas associados à educação econômica, abrindo
amplo caminho de atuação", comemora João Evangelista, analista no
Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC.
Em matemática, o documento orienta que os alunos aprendam
conceitos básicos de economia e finanças com o objetivo de iniciação à educação
financeira. Outras disciplinas podem abordar o tema, por exemplo, em história,
com estudo do dinheiro e sua função na sociedade, da relação entre dinheiro e
tempo, dos impostos em sociedades diversas, do consumo em diferentes momentos
históricos. Segundo Evangelista, o projeto piloto da Estratégia Nacional de
Educação Financeira (Enef) mostra resultados positivos da inserção de educação
financeira nos bancos escolares. "Tomando por base os resultados da
avaliação de impacto feita no ensino médio, com 25 mil estudantes em 900
escolas, notam-se significativas mudanças de comportamento e atitude das
crianças e adolescentes", afirma Evangelista.
A BNCC orienta a elaboração dos currículos tanto nas escolas
públicas e particulares nos ensinos infantil e fundamental. A base curricular
para o ensino médio ainda será avaliada posteriormente pelo Conselho Nacional
de Educação (CNE). O documento afirma que cabe aos sistemas e redes de ensino,
assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência,
incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas
contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global,
preferencialmente de forma transversal, isto é, de forma que um conhecimento
seja tratado integradamente entre disciplinas, uma vez que possui pertinência
em mais de uma delas.
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