CUNHA E TEMER EIS A QUESTÃO DA "CAIXA"!!
Em nota escrita no complexo penal onde está preso, no
Paraná, o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) negou que tenha exercido
influência sobre a cúpula da Caixa e afirmou que a nomeação de um dos
dirigentes afastados do banco coube ao presidente Michel Temer.
Acusado de pressionar Antônio Carlos Ferreira, que até esta
terça-feira (16) comandava a área Corporativa do banco, Cunha declarou no texto
que não tem "relação", "influência" ou "qualquer
relação pessoal" com os quatro vice-presidentes afastados por suspeitas de
irregularidades.
O ex-deputado afirmou que Ferreira foi indicado para a
vice-presidência Corporativa da Caixa em 2014 "pela então deputada e hoje
senadora Rose de Freitas [MDB-ES] diretamente ao então vice-presidente Michel
Temer" quando Cunha era líder do PMDB na Câmara.
"Coube a Michel Temer a sua nomeação à época atendendo
à hoje senadora", declarou o ex-parlamentar, acrescentando que Ferreira
foi indicado para substituir Geddel Vieira Lima no cargo.
Cunha afirmou que esteve com Ferreira apenas duas vezes após
sua nomeação para o cargo no comando da Caixa. O ex-deputado diz que o então
vice-presidente o procurou "para se pôr à disposição da bancada por
orientação de Rose de Freitas".
Ferreira disse em auditoria interna da Caixa que Cunha cobrava
dele informações semanais sobre operações do banco superiores a R$ 50 milhões e
que procurou Michel Temer para reclamar da pressão do ex-deputado. Segundo o
depoimento, Temer afirmou que Ferreira deveria continuar trabalhando e que nada
aconteceria com sua posição no banco.
Cunha afirmou que as declarações de Ferreira são falsas e
que Temer "jamais relatou qualquer queixa dele". "Se não tive
qualquer influência na sua nomeação, qual a razão de ele depender de mim para
permanecer?", questionou, na nota.
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