ESTUDANTE É SUSPEITO DE PLAGIAR LIVRO EM REDAÇÃO DO ENEM

A Polícia Federal realizou, na manhã desta sexta-feira (19), uma operação para investigar uma suspeita de fraude no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
O suspeito é um estudante da Bahia que, na redação, plagiou na íntegra a sinopse do livro "Redação de Surdos: Uma Jornada em Busca da Avaliação Escrita", da pesquisadora Maria do Carmo Ribeiro, disponível na internet.
O tema da redação do Enem, realizado em novembro do ano passado foi "Desafios para formação educacional dos surdos. O livro cujo trecho foi plagiado é resultado de uma pesquisa que analisa as habilidades de escrita em língua portuguesa de alunos surdos do 3° ano do ensino médio de duas escolas do Distrito Federal.
O suspeito de fraude, que não teve o nome revelado, tem 27 anos e mora em Macaúbas, bairro do centro antigo de Salvador. Ele é estudante de engenharia civil numa faculdade particular da capital baiana.
Em depoimento à Polícia Federal, ele confessou que usou o telefone celular durante a prova para fazer buscas na internet relacionadas ao tema da redação. O estuante disse que copiou a sinopse do livro na íntegra e apenas a última frase da redação foi criada com as suas próprias palavras.
"A princípio, tudo leva a crer que foi um caso isolado. Não há indício de atuação de organização criminosa. O exame está preservado", afirmou a delegada Suzana Jacobina, responsável pelas investigações.
O plágio foi identificado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia do Ministério da Educação, que comunicou a suspeita à Polícia Federal.
Um inquérito foi instaurado e a Justiça Federal autorizou o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. No cumprimento do mandado, na manhã desta sexta, a PF apreendeu um telefone celular e o rascunho da prova do Enem do candidato. O celular será periciado e os fiscais da sala onde o estudante fez a prova serão interrogados.
Se confirmada a suspeita de fraude, o estudante poderá ser indiciado pelo crime de fraude em certame de interesse público, que prevê pena entre um e quatro anos de reclusão e multa.

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