IBGE: famílias beneficiadas no programa bolsa família consumiram mais fibras, carboidratos e vitaminas
De acordo com
estudo do economista Henrique Kawamura, da Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (Esalq), os beneficiários do programa consomem mais nutrientes em
comparação com as pessoas da mesma condição financeira que não recebem o Bolsa
Família.
O
levantamento, que foi feito de acordo com os dados da Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF) de 2008-2009, apontou que as famílias estão comendo mais
fibras, carboidratos e algumas vitaminas e minerais.
“Os
beneficiários estão comendo menos sódio, que está presente em produtos
industrializados. Além disso, crianças e adolescentes que eram obesos ou
desnutridos voltaram ao peso ideal”, explicou Henrique.
Para ele, o
fato das famílias se interessarem em receber o benefício e mudar de vida faz
com que ela dê mais importância para as escolhas mais saudáveis na hora de se
alimentar do que as que não recebem o dinheiro. O protagonismo na escolha
também é importante.
“Existia a
ideia de que os beneficiados compravam algo para matar a sua fome. Os dados, porém,
mostram que as pessoas inscritas no programa estão preocupadas com isso, porque
aqui no Brasil não há qualquer acompanhamento nutricional do governo, elas
compram o que quiser com esse dinheiro”, disse.
Henrique
reforça que essa alteração expande e supera o âmbito da saúde, podendo até
mesmo aumentar a capacidade de raciocínio das crianças e adolescentes em idade
escolar.
“Uma criança
desnutrida vai ter uma educação pior e isso vai refletir durante toda a sua
vida. Isso acaba ajudando no médio prazo para que o Bolsa Família consiga seu
objetivo que é diminuir a pobreza no país”, comemorou.
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