Chuva interrompe sequência de queda no nível do Cantareira
A chuva que atingiu o Sistema Cantareira
nesta segunda-feira (3) interrompeu uma sequência de quedas no nível dos
reservatórios que vinha desde 27 de setembro. Nesta terça (4), o volume
acumulado se manteve em 11,9%, o mesmo do dia anterior, segundo medição da
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A sequência de quedas foi de 38 dias.
Apesar da forte chuva e da estabilização do nível, faz 202 dias que não há
acréscimo no volume acumulado do Sistema Cantareira. A última vez que isso
ocorreu foi em 16 de abril, quando o nível subiu de 12% para 12,3%.
O Cantareira sofre, desde então, com
constantes quedas e poucos dias de estabilização. O ritmo de baixa, nesse
período de 202 dias, é de 0,14 ponto percentual por dia. No último dia de
acréscimo, choveu 27,1 milímetros. Não haviam ainda sido incorporadas as cotas
do volume morto.
No dia de 26 de setembro, quando o nível
estava em 7,2% - sem contar a segunda cota do volume morto - 22,7 milímetros de
chuva atingiram as represas, o que garantiu a estabilidade no dia 27.
Nesta segunda-feira, a chuva sobre o
sistema foi de 15,7 milímetros. A precipitação foi menor que a de domingo (2),
de 19,1 milímetros. Essa chuva anterior, porém, não havia impedido a queda no
nível dos reservatórios de 12,1% para 11,9% na medição desta segunda.
A chuva mais intensa de domingo não foi
suficiente para fazer com que os níveis das represas aumentassem porque parte
da água evaporou ou foi para a vegetação antes de chegar ao sistema.
O mês passado foi o mais seco dos últimos
12 anos no Sistema Cantareira, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo (Sabesp). Entre o dia 1º até esta sexta-feira (31),
foram registrados 42,5 milímetros de chuva nos reservatórios. Isso corresponde
a 32,5% do volume esperado, que era de 130,8 milímetros.
O nível de 11,9% já conta com a segunda
cota da reserva técnica do sistema, que ainda não está sendo utilizada segundo
a Sabesp. Sem isso, o atual índice estaria em 1,2%.
chuva não chegou com a mesma intensidade na
região das represas do Sistema Alto Tietê, que teve nova queda. O nível os
reservatórios foi de 8,8% para 8,7%, queda de 0,1 ponto percentual. A precipitação
foi de 4,2 milímetros.
O nível só está em 8,7% porque a Sabesp
realizou uma ligação entre o Alto Tietê e a represa de Biritiba. Com o
rompimento de um dique, a água que estava no reservatório e não era usada no
abastecimento acresceu em 1,8 o nível do sistema. A obra foi autorizada pelo
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
Se no Alto Tietê faltou intensidade,
no Sistema Guarapiranga a chuva sequer molhou o solo. A Sabesp não registrou
precipitação nas represas, e o nível caiu 0,5 ponto percentual, indo de 38,4%
para 37,9%.
A ampliação da faixa de bônus para
quem economizar água em São Paulo começou a valer a partir de sábado (1°). A
decisão, aprovada pela Agência Reguladora de Saneamento e energia do Estado de
São Paulo (Arsesp), vale para as cidades das regiões metropolitanas de São
Paulo, Bragança Paulista e Campinas que já eram beneficiadas com o desconto.
Os imóveis que reduzirem em 10% ou 15%
terão desconto de 10% na conta. Aqueles que diminuírem o gasto entre 15% ou 20%
receberão bônus 20%. O cálculo é feito em relação à média de consumo entre
fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Desde fevereiro, os clientes que
economizam 20% ou mais recebem desconto de 30% na conta de água. A ampliação do
bônus faz parte das ações adotadas pelo governo para amenizar os reflexos da
crise hídrica no estado.
O balanço mais recente aponta que 49% dos
clientes da Sabesp tiveram o bônus porque reduziram em pelo menos 20% seu
consumo. Outros 26% economizaram, mas não receberam a bonificação. Ainda de
acordo com a companhia, 25% gastaram mais água do que a média.
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