ECONOMIA: Custos com a violência no Brasil chegaram a R$ 258 bilhões em 2013
Os custos com
a violência no Brasil chegaram a R$ 258 bilhões no ano passado – quase 6% do
PIB, que é a soma de todas as riquezas que o país produz em um ano. Os números
são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que lança nesta segunda-feira
(10) o anuário da violência, segundo o Bom Dia Brasil.
O anuário
mostra que, em 2013, 2.212 pessoas foram mortas pela polícia em todo o país.
Foram seis mortes por dia em confrontos. A comparação com a polícia dos Estados
Unidos mostra uma explosão no número de casos. Nos últimos cinco anos, as
polícias brasileiras mataram 11.197 pessoas, enquanto a dos EUA levou 30 anos
para atingir quase o mesmo número de mortes: 11.090.
Policiais
também foram vítimas. Em 2013, 490 foram mortos no país – 75% estavam fora de
serviço. 11% dos homicídios do mundo aconteceram no Brasil. A violência tem um
custo alto para toda a sociedade.
“Dos 258
bilhões gastos com os custos da segurança pública e da violência no Brasil, só
R$ 65 bilhões são gastos com políticas públicas de segurança e com o sistema
prisional. Isso significa que a gente gasta três vezes mais com os efeitos
perversos da violência e da segurança privada do que com políticas públicas
voltadas ao enfrentamento do crime e da violência”, diz Samira Bueno, diretora
do Fórum.
A secretária
nacional de Segurança Pública, Regina Miki, diz que a violência só vai cair se
houver integração dos poderes. “A solução está em aproximarmos o judiciário da
política de segurança pública e termos o respaldo da ressocialização dentro do
sistema prisional”, afirma.
No anuário
também existe um levantamento feito em oito estados feito pela Fundação Getulio
Vargas. Ele mostrou que 57% dos entrevistados acreditam ser possível
desobedecer as leis. Pior: 81% dizem que é sempre possível “dar um jeitinho”
para não cumprir as leis.
A análise dos
especialistas é de que esses dados são fortes sinais de que a população convive
com a sensação de impunidade. E quanto maior a renda, maior a sensação de
impunidade: é em Brasília que está a maior parte das pessoas que acham que é
possível “dar um jeitinho".
FONTE: G1
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