DESIGUALDADE: ENQUANTO 623 MIL PASSAM FOME, 61 MILIONÁRIOS PASSAM BEM NO ESTADO DO TOCANTINS

Levantamento da Receita Federal com base nas declarações de renda entregues no ano passado mostrou que no Tocantins, o número de habitantes com renda acima de US$ 1 milhão, cerca de R$ 2,61 milhões, subiu de 10 para 61 entre 2003 e 2013.
O Tocantins é citado em reportagem do jornal Folha de S. Paulo como um dos 13 estados onde o total de milionários mais que dobrou em dez anos. Entre eles estão 8 dos 10 Estados das regiões Norte e Centro-Oeste, excluído DF. Os outro cinco são do Nordeste.
"No atual mapa das fortunas, Tocantins é o novo Eldorado. O Estado, criado em 1988, tem 61 habitantes com renda acima de US$ 1 milhão --eram 10 em 2003", diz o jornal (leia aqui). Entre as causas do estado se tornar o "novo Eldorado" a inserção no "Mapitoba", junção das iniciais de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, considerada a última fronteira agrícola do país.
"No Tocantins, muitos adquiriram terra por nada na criação do Estado e se tornaram milionários do dia para a noite quando arrendaram suas áreas para grupos maiores", diz o economista Tadeu Zerbini. "O dinheiro começou a circular em outros locais."
O aumento do número de milionários no Tocantins beneficia apenas 0,004% da população. Enquanto isso, 623 mil pessoas, ou 47% da população, sofrem com insegurança alimentar.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo aponta que do total de pessoas que têm dificuldade em se alimentar adequadamente, 462 mil foram classificadas com insegurança leve e 161 mil pessoas estão em situação grave ou moderada. As informações foram publicadas pelo Jornal do Tocantins.
No Estado, conforme o IBGE, do total da população tocantinense que está em situação de insegurança alimentar grave ou moderada, 11% têm idade de 0 a 4 anos, 11,6% de 5 a 17 anos, 12,9% têm idade de 50 a 54 anos e 12,4% têm 65 anos ou mais. Ou seja, no Tocantins, a privação de alimentos é mais comum entre crianças e idosos.
Para o IBGE, são considerados domicílios em situação de insegurança alimentar aqueles onde, nos últimos três meses antes da pesquisa, a comida havia acabado antes que se tivesse dinheiro para comprar mais; algum morador fez apenas uma refeição no dia ou ficou o dia inteiro sem comer porque não havia dinheiro para comprar comida; moradores ficaram preocupados por não terem certeza de que os alimentos de que dispunham durassem até que fosse possível comprar ou receber mais comida; moradores ficaram sem dinheiro para ter uma alimentação saudável e variada; enfim, onde a alimentação é precária.

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