Sinproesemma participa do Dia Internacional contra a Corrupçãono TCE
Dezenas de
entidades maranhenses participaram das atividades do Dia Internacional contra a
Corrupção, que ocorreu na manhã desta terça-feira (9), no Auditório do Tribunal
de Contas do Estado (TCE). O Sindicato dos Trabalhadores em Educação em
Educação Pública (SINPROESEMMA) foi uma das entidades comprometidas no combate
aos crimes que desviam os recursos da educação.
Durante a
manhã, o Juiz Eleitoral Marlon Reis, um dos articuladores da aprovação da Lei
da Ficha Limpa no Congresso Nacional, proferiu a palestra sobre a corrupção
eleitoral. Na ocasião, o magistrado lembrou que o dia 9 de dezembro é a data em
que houve, em 2003, a assinatura de 103 países a carta contra a corrupção das
Nações Unidas.
Segundo o
magistrado, o objetivo da criação do dia é que a sociedade e o poder público
possam elaborar propostas para enfrentar o problema. “Não é um dia para a
sociedade celebrar o combate da corrupção, mas para fazer uma reflexão sobre as
práticas”, afirmou.
Entre as
medidas, Marlon destaca a importância de a sociedade se reunir em torno de
medidas simples, mas que faça profundas mudanças, como a mobilização para
aprovar a Lei da Ficha Limpa, que trata do impedimento de políticos condenados
na disputa eleitoral. “É preciso lutar por algo específico e partir para outro
depois”, afirmou o juiz, lembrando dos desafios que envolvem o fim do
financiamento privado de campanha e também a distribuição de cargos pela
proporcionalidade.
Em seguida, o
presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, usou o espaço destinado às
perguntas para reafirmar que a disputa eleitoral beneficia apenas quem tem
poder econômico. O dirigente, que obteve cerca de 14 mil votos para o cargo de
deputado estadual, mas não conseguiu se eleger, disse que os trabalhadores têm dificuldades em
disputar as eleições em igualdade em função de uma legislação que restringe o
debate político.
“Eu tive
apenas 30 segundos em cada uma das três inserções durante os três meses de
campanha para apresentar as minhas propostas à sociedade. É pouco tempo para
apresentar os problemas o propor soluções”, comentou.
Além do
debate restrito nas televisões e rádios, sobram as campanhas publicitarias de
imagem e a compra de voto, como os principais instrumentos de políticos
tradicionais para se perpetuar no poder, por outro lado, para financiar essas
estruturas os políticos recorrem ao financiamento empresarial e passar o
mandato “pagando as despesas de campanha”. “Os prefeitos e os deputados ficam
reféns dos interesses de quem os financiou e dificilmente vão privilegiar os
interesses da sociedade”, explicou.
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