Por João Batista Machado – O crime do desembargador Pontes Visgueiro
Comoveu a
nação brasileira o crime praticado pelo Desembargador José Candido de Pontes
Visgueiro, ocorrido em 14 de agosto de 1875, na cidade de São Luís do Maranhão.
Crime passional.
O Magistrado
num infeliz flagrante surpreendeu a sua namoradinha Mariazinha nos braços de um
guapo oficial do Exercito Brasileiro. Houve o rompimento do romance, sob
ameaças do Desembargador Pontes. Ofendido o Jurista, contratou no Piauí um
facínora para executar um “serviço”.
Mandou
confeccionar uma mala revestida de zinco.
Atraiu a jovem (17 anos de idade), à sua morada. Dado momento, com a
ajuda do facínora cloroformizou-a, em seguida colocou-a esquartejada na mala.
Enterrou-a no final de uma escada que dava para o quintal da casa.
A ausência de
Mariazinha foi notada. A sua mãe foi à policia. O delegado de policia indagou à
genitora sobre a vida pregressa da desaparecida. Contou a chorosa mãe do
romance da filha com o Desembargador, que negou todas as acusações, conferidas
à sua pessoa.
O Magistrado
não irradiava simpatia, sofria de uma forte deficiência auditiva que o
facultava uma boa comunicação. Deste modo, foi designado pelo Presidente do
Tribunal Justiça, para exercer funções sem ligação com o público.
O certo é que
depois de diligências ocorridas no local do crime o cadáver de Mariazinha foi
encontrado. Exalava mal cheiro. Estava em estado de putrificação. O Jurista foi
preso. Devido a sua condição de Magistrado seria julgado por fórum especial,
sendo enviado para o Rio de Janeiro. Lá, contratou os maiores criminalistas da
época. No entanto, foi condenado.
Evadiu-se da
prisão. Passou a ser visto em vários lugares, por exemplo, passeando pelas
avenidas de Lisboa, outros diziam que teria sido visto em Manaus. Desta forma o
criminoso ia tocando sua vida. Parece até suborno. Suborno há uma relação
estreita com corrupção.
João Batista
Machado
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