CRISE DO FIES AUMENTA INADIMPLÊNCIA E ALUNOS ENFRENTAM DIFICULDADES
O atraso de aproximadamente três
meses em mensalidades do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e uma dívida
avaliada em mais de R$ 800 milhões, marcam a situação do programa oferecido em
todo o país. Em crise e sem previsão de quando os aditamentos serão
regularizados, acadêmicos bolsistas da Capital já estão enfrentando
dificuldades.
O repasse que é realizado
trimestralmente às instituições financeiras e posteriormente às universidades,
está em atraso desde julho. Na época, os alunos bolsistas deveriam renovar sua
matrícula e pagar o juros de amortização do programa, mas passado três meses o
dinheiro do governo federal ainda não apareceu.
O governo do presidente Michel
Temer (PMDB) justificou dizendo que a situação seria uma herança do governo de
Dilma Rousseff (PT), e afirmou que a atual gestão encontrou o programa sem
orçamento para o pagamento de taxa de administração dos agentes financeiros do
Fies, isso porque a administração anterior cortou o orçamento desta operação
para R$ 267 milhões, valor suficiente para pagar as despesar até abril,
conforme informou o Ministério da Educação.
Em nota, o Mec (Ministério da
Educação) informou que, segundo os normativos do Fies, os aditamentos devem
ocorrer até o final do quadrimestre do semestre, que se estende até o mês de
outubro, e que os repasses às instituições de ensino serão efetuados após a
contratação desses instrumentos no agente financeiro.
Em uma tentativa de recuperar o
programa, o governo enviou ao Congresso federal, projeto de Lei para aprovar o
orçamento que garantiria o pagamento do 2º semestre de 2016. E, com isso,
resolver os repasses para os contratos com saldo devedor.
No entanto, os deputados federais
e senadores vetaram ao projeto de lei que libera créditos extraordinários para
o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no valor de R$ 1,1 bilhão, em
virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê limites ao gasto público.
O presidente do Congresso, Renan
Calheiros, que presidia a mesa, disse que vai sugerir ao presidente Michel
Temer para que publique uma medida provisória liberando verbas para o Fies sem
consultar o Tribunal de Contas da União, o que agilizaria a liberação dos
recursos.
Cenário - A crise do programa se
arrasta desde o início do ano, com enxugamento de novas vagas. De acordo com o
Ministério da Educação (Mec), desde janeiro foram realizados 2.578 mil
contratações do programa em Mato Grosso do Sul. Enquanto no passado, foram
firmados 5.792 mil financiamentos.
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