CÂMARA APROVA PEC DO DESMONTE DO ESTADO BRASILEIRO NO PERÍODO DE 20 ANOS!!
Além de tirar os recursos da
educação com a aprovação do pré-sal, os golpistas conseguiram, na madrugada
desta terça-feira (11), aprovar a inviabilização de qualquer política
educacional pelos próximos 20 anos, incluindo o próprio Plano Nacional de
Educação (PNE). Isso porque, depois de jantares com aliados, exonerações
ministeriais para garantir votos e um sujo jogo que contempla os interesses das
elites financeiras enquanto sepulta as políticas sociais, o governo ilegítimo
garantiu nesta terça-feira a votação, pela Câmara dos Deputados, da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 241 que desmonta completamente o Estado brasileiro.
O texto-base da PEC foi aprovado
por 366 votos a 111. Em seguida, os deputados passaram à discussão dos
destaques e, mais uma vez, deram mostras da ação criminosa contra os direitos
sociais cometida pela proposta e por aqueles que a aprovaram ao rejeitar
emendas que propunham a retirada do limite de gastos com saúde e educação
(desmentindo, com isso, também a tentativa farsesca do governo usurpador de convencer
a sociedade de que essas áreas não seriam afetadas).
Após a votação na Câmara em
primeiro turno, a matéria precisa ser apreciada em segundo turno (após um
intervalo de cinco sessões) e, depois, segue para o Senado. Esse tempo de
tramitação exige dos movimentos sociais e do movimento sindical umas
resistência ainda maior para tentar reverter o quadro desastroso para o país e
para a sociedade brasileira. Essa é uma pauta que está incluída no plano de
lutas da Contee aprovado no 9° Conatee. Durante o congresso, a Confederação,
aliás, fez, em sua tese educacional, uma previsão certeira do golpismo em larga
escala que estava por vir.
“O Plano Nacional de Educação
(PNE) 2014-2024, que completou dois anos em junho, sofre também um duro golpe –
ou, talvez, um assalto – aos recursos públicos de forma escancarada, inclusive
no que tange ao que foi votado e aprovado a respeito da partilha dos royalties
do petróleo para saúde e educação. Paralelamente a isso, tem-se a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que impõe teto aos investimentos em
educação, saúde, assistência social e também aos demais gastos primários do
governo federal. A PEC 241 propõe limitar pelos próximos 20 anos o aumento dos
gastos públicos de um ano à inflação do ano anterior. Seus impactos são
danosos, uma vez que ela inviabiliza o Sistema único de Saúde (SUS), o próprio
PNE, o Sistema Nacional de Educação (SNE) – que ainda tramita no Congresso
Nacional – e também toda a assistência social e diversos programas do governo
federal”, alerta o documento da Contee.
Desconstruindo a PEC 241
Ao longo de toda segunda-feira,
em meio a corrida da base aliada do governo ilegítimo de Michel Temer para
votar a PEC 241, foi lançado na Câmara o documento “Austeridade e retrocesso:
Finanças públicas e política fiscal no Brasil”. Para a líder da Minoria,
deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o documento derruba “os argumentos falsos,
a análise econômica falsa e o resultado prospectivo absolutamente falso” do
governo para votar a proposta.
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