Cientistas desenvolvem estrutura de titânio para cobrir implantes ósseos
Uma equipe
internacional de pesquisadores desenvolveu uma estrutura de titânio para cobrir
os implantes ósseos, um avanço que permitirá reduzir o risco de infecção e
rejeição que estas intervenções provocam.
O estudo, realizado
por membros das instituições espanholas Conselho Superior de Pesquisas
Científicas (CSIC) e da Universidade Complutense de Madri, aparece publicado na
revista "Acta Biomaterialia".
A descoberta
alcançada por esta equipe de pesquisa é a base do projeto Nanoimplant, um dos
ganhadores do prêmio de inovação biomédica IDEIA2 Madri em sua edição de 2014,
uma iniciativa da comunidade Autônoma de Madri e do Instituto Tecnológico de
Massachusetts (MIT).
As
propriedades antibacterianas deste achado, patenteado pelo CSIC e pela
Universidade Complutense de Madri, se devem à formação de uma superfície
nanoestruturada similar à qual se observa nas asas de cigarras e nas folhas da
flor de lotus. O CSIC explicou que os cientistas alcançaram esta propriedade
sem a necessidade de empregar elementos antibióticos.
A maioria das
infecções em implantologia óssea, que a cada ano afeta milhares de pacientes,
têm sua origem na intervenção cirúrgica. Por isso, explica José Miguel
García-Martín, pesquisador do CSIC no Instituto de Microeletrônica de Madri,
"se a superfície do implante estiver recoberta de um material que impede a
adesão e proliferação de bactérias sem afetar seu biocompatibilidade, terá sido
dado um grande passo".
A
nanoestrutura das prótese é fabricada com um processo denominado pulverização
catódica ou "sputtering" já empregado a escala industrial na
produção, por exemplo, de discos rígidos, painéis fotovoltaicos ou espelhos.
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