Jovens brasileiros são mais otimistas e ligados à carreira, revela pesquisa
Otimismo e empreendedorismo são as
qualidades que definem os jovens latino-americanos, e mais ainda o brasileiro.
A constatação é fruto da "Pesquisa Global Millenium", um estudo feito
pela empresa de telecomunicações Telefónica, divulgada nesta segunda-feira
(13), na Futecom 2014, o maior evento de telecomunicações e tecnologia da
América. O objetivo dessa pesquisa é entender e dar melhor suporte a jovens
entre 18 e 30 anos , os chamados “millenials”, que, com suas posturas
inovadoras e sua relação singular com a dinâmica trabalhista e as tecnologias
emergentes, estão mudando mercados e políticas mundo afora.
“Eu pessoalmente acho que vocês
[millenials] são a geração mais incompreendida no planeta Terra, pois estamos
todos aqui tentando entender vocês e parece que estamos fazendo errado”, disse
Alec Ross, ex-conselheiro sênior de inovação da secretária de Estado
norte-americana Hilary Clinton, ao uma plateia cheia deles, bem como empresários
do setor de comunicações, reunida no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Incompreendidos ou não, o estudo
constatou que, de modo geral, os millenials brasileiros são satisfeitos com o
presente (87% dos participantes brazucas deu essa resposta) e particularmente
otimistas quanto ao futuro (61% dos entrevistados se disse muito otimista e
outros 33% se disse um pouco otimista).
Esses números, além de representarem o
maior grau de positividade do mundo, também mostram um millenial longe da
eterna marra que parte da grande mídia insiste em associar ao demográfico, bem
como estabelecem uma diferença chave entre esses millenials e os de países
europeus e dos Estados Unidos, que, de modo geral, responderam a pesquisa em
termos menos animadores.
Além disso, perguntados como gostariam de
estar daqui a 10 anos, 26% dos latino-americanos entrevistados responderam que
gostariam de ter o próprio negócio, contra apenas 8% dos norte-americanos e 6%
dos europeus. Isso advém, dentre outras coisas, do foco que os millenials têm
em suas carreiras: segundo a pesquisa, “ter um emprego estável com um bom
salário”, por exemplo, aparece como sonho de consumo de 43% dos entrevistados
no mundo todo, batendo sonhos de gerações antigas como ter uma casa, sonho de
apenas 17% dos jovens de hoje, ter filhos (8%) e vontade de casar, desejo de
apenas 7% de millenials.
No entanto, isso também reflete o impacto
que o millenial implica nas suas próprias ações: para 51% deles, sua trajetória
pode gerar, em algum nível, um impacto positivo global.
Para Carlos López Blanco, diretor global de
assuntos públicos e regulatórios da Telefónica, “apesar de enfrentar
circunstâncias econômicas difíceis e inúmeros problemas, como desemprego e
corrupção, os millenials são otimistas e o poder da tecnologia está totalmente
integrado à vida deles”.
Olhar para além do próprio umbigo é uma
característica do grupo que impressiona o diretor espanhol: “O foco deles é
construir carreiras de sucesso, mas são igualmente determinados a ver formas
mais abrangentes de mudanças sociais positivas, então, vamos ajudar os
millenials a se tornarem uma força positiva de mudança”, conclui.
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