Governo anuncia negociação com caminhoneiros, mas não pretende reduzir diesel

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, confirmou, nesta noite de terça-feira (24), que o governo federal criará uma mesa de negociação entre os caminhoneiros que fazem protestos no País e os empresários para "avançar na questão do preço do frete".
Dez Estados têm, no momento, rodovias interditadas pelos manifestantes. Postos e distribuidoras de combustíveis no interior do País estão sendo diretamente afetados pelos bloqueios dos caminhoneiros. As manifestações estão impactando também a chegada de produtos de exportação aos portos, com reflexo no mercado externo.
A Justiça determinou a liberação de estradas federais bloqueadas por caminhoneiros no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. 
A mesa vai agrupar sindicalistas dos caminhoneiros, empresários e ministros.
— Nós estamos instalando amanhã e coordenando uma mesa de negociações, de diálogo, entre empresários, representantes das lideranças dos caminhoneiros, às 14 horas, para que possamos num ambiente de negociação direta, avançar na solução do preço do frete no nosso País.
O governo, porém, não pretende atender um dos principais itens da pauta de reivindicações dos caminhoneiros: a redução do preço do diesel.
Os caminhoneiros bloqueiam rodovias em todo o País em protesto à decisão do Palácio do Planalto de ampliar a tributação incidente sobre combustíveis (Pis/Cofins e Cide).
A alta no preço do diesel, de R$ 0,15 por litro, deve reforçar o caixa com R$ 12,18 bilhões em 2015.
— Não está na pauta do governo a redução do preço do diesel neste momento.
Preço do frete
A decisão de abrir a mesa de negociação ocorreu após reunião entre ele, o titular do Ministério dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira.
No encontro, ficou acertado que o Palácio do Planalto colocaria uma nova fórmula de preço para o frete como carro-chefe da articulação para debelar o bloqueio de rodovias pelos caminhoneiros.
— Nós estamos muito confiantes de que possamos voltar à normalidade e recuperar um ambiente positivo de diálogo e de solução de grande parte da pauta levantada pelos caminhoneiros do nosso País.
Rossetto também disse "sim, sim" ao ser questionado se a presidente Dilma Rousseff havia tratado do tema com empresários nesta terça-feira.

Ela manteve agenda com o presidente do Conselho de Administração do Grupo BRF, o empresário Abílio Diniz; o presidente da Fiat Chrysler Automobile para a América Latina, Cledorvino Belini; e se reúne ainda com o presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, do Conselho de Governo, Jorge Gerdau.
O protesto dos caminhoneiros foi o tema central.
— O governo tem mantido diálogo permanente com as lideranças dos caminhoneiros e as lideranças empresariais.
Segundo o ministro, o governo busca preservar o abastecimento para evitar prejuízo à já combalida economia em meio aos protestos.
— O governo tem tomado todas as medidas para evitar a obstrução das nossas rodovias, garantindo assim o abastecimento da sociedade brasileira e evitando prejuízos a nossa economia. Ao mesmo tempo, o governo tem estimulado uma negociação direta entre empresários e lideranças dos caminhoneiros para resolver a questão do preço do custo do frete, que afinal é o tema central dessas manifestações.

Protestos de caminhoneiros interditam rodovias de dez Estados do País.

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