CRISE: PREFEITO TIRA RECURSO DE CEUs E UPAS PARA CONSTRUIR CRECHES E PAGAR HOSPITAIS
A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão do prefeito João
Doria (PSDB), retirou R$ 30 milhões de investimento em CEUs (Centros
Educacionais Unificados) e os remanejou para a construção de creches.
A administração municipal também cortou R$ 2,8 milhões de
investimentos para instalação de UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento da
Saúde), que agora serão destinados para o pagamento de despesas de hospitais
municipais. A alteração da destinação de R$ 33,4 milhões no total foi
determinada em decreto do prefeito publicado no "Diário Oficial" da
cidade desta terça-feira (6).
O remanejamento acontece em um momento em que a prefeitura suspendeu
50 obras, principalmente na periferia da cidade e nas áreas de saúde e
educação. O "Agora" mostrou em maio que a medida inclui a construção
de 21 creches, 3 escolas municipais, 5 CEUs, 1 clube escola, 1 hospital, 8 postos
de saúde e 6 UPAs. O prazo inicial da suspensão é de 120 dias.
Na ocasião, o secretário municipal da Fazenda, Caio Megale,
disse que a decisão de paralisar as obras foi tomada por conta da crise
econômica, da queda de receita e do aumento das despesas. Ele já havia dito que
a retomada seria feita gradualmente, com prioridade para aquelas que são
consideradas mais relevantes por Doria. No início da gestão, o prefeito
prometeu criar 65 mil vagas de creches até o final do mandato. Em março, havia
87,9 mil crianças à espera de uma vaga. Por outro lado, não há no plano de
metas de Doria nenhuma citação à construção de CEUs.
A prefeitura também afirmou em maio que iria pedir ao
governo federal a liberação de recursos para a conclusão das obras pendentes,
principalmente na área da educação. Hoje, a visão de Megale é que esses
recursos federais dificilmente chegarão como o previsto no Orçamento.
"Sabemos que o governo federal ainda vive um momento de dificuldades na
arrecadação", afirmou.
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