CHEGO A CONCLUSÃO QUE REALMENTE SOMOS AS BESTAS!! - Marcio Luis Pontes

      

  Depois de alguns dias em que recebemos com preocupação um ataque dirigido contra nossa categoria, em que servidores públicos estaduais pertencentes ao grupo AFA da AGED/MA foram chamados de bestas por alguém ainda não identificado na internet, provavelmente um fake, utilizado com a simples missão de causar discórdia e desconfiança entre nós, pus-me a pensar na frase dita e no contexto em que foi proclamada e a conclusão foi desanimadora: REALMENTE SOMOS BESTAS!
Isso mesmo, somos bestas, asnos, jericos, jumentos, gobilas, burros de carga! Isso porque a cerca de nove anos puxamos a carroça da defesa sanitária estadual. Temos inúmeros programas sendo desenvolvidos dentro do estado do Maranhão, como o PNEFA, PNECBT, PNSE, PNSS e PNSA. Todos esses programas são desenvolvidos pelos servidores do grupo AFA e inclusive em 2014 o estado do Maranhão conseguiu a certificação internacional de combate a Febre Aftosa, sendo entregue pela OIE, tornando o Maranhão livre da Febre Aftosa com vacinação, livrando o estado desse e mal e impulsionando a economia local com a abertura das exportações para produtos maranhenses para todo o mundo.
Esse trabalho desenvolvido pelo grupo AFA não é fácil, até porque na maioria das vezes os resultados foram conseguidos sem a infraestrutura necessária, com os nossos companheiros colocando a própria vida em risco, trabalhando sem os equipamentos de proteção individual para a proteção da saúde, trabalhando sem proteção policial em barreiras nas fronteiras do estado ou em eventos agropecuários como vaquejadas e rodeios. Alguns dos escritórios da AGED/MA ainda apresentam lastimável estrutura de trabalho, sem acesso a internet para receber e encaminhar relatórios, sem telefone para a comunicação imediata de suspeitas de doenças vesiculares, inclusive alguns municípios do estado nem possuem escritório da AGED/MA, onde os pecuaristas têm que se deslocar até outro município para a emissão de um documento sanitário.
           Apesar de todos os problemas enfrentados pelos servidores da AGED/MA, essa autarquia só recebe elogios e reconhecimentos pelos resultados obtidos. Tornou-se referência para outros estados brasileiros, pelo profissionalismo de seus servidores com os programas de defesa sanitária animal e vegetal. O grupo AFA tem puxado essa carroça pesada ao longo de nove anos, encontrando reveses pelo caminho que dificultam ainda mais o trabalho a ser desenvolvido, com a ingerência política em assuntos estritamente técnicos, nomeação de apadrinhados políticos para cargos estratégicos da instituição, inclusive com nomeação de pessoas sem o perfil técnico para os cargos. A ausência de concurso público ao longo dos anos também tornou cada vez mais difícil cumprir prazos e metas internacionais para o bom funcionamento do serviço de defesa sanitária, onde hoje existe um quadro alarmante de funcionários contratados que são impedidos juridicamente de emitir uma série de documentos sanitários e de realizar a maioria das atividades técnicas do grupo AFA.
            
           Hoje, por conta da luta desses bravos servidores do grupo AFA pelos respeito aos direitos básicos dos trabalhadores, depois de levar o estado do Maranhão ao status sanitário tão almejado, após a abertura de mercados nacionais e internacionais para a agropecuária maranhense, esses servidores são chamados de BESTAS! Sim, foi isso que essa categoria recebeu como prêmio pela sua dedicação e apreço pela instituição em que trabalham. Em resposta a esse xingamento tão infantil, mas ao mesmo tempo tão cruel, os servidores do grupo AFA e toda sociedade maranhense devem enxergar que realmente esses servidores foram as BESTAS em todo esse processo, arriscando suas vidas, suas famílias, sua segurança pessoal e sua saúde para puxar a carroça da AGED/MA no estado, no Brasil e no Mundo. Uma carroça pesada, com algumas cargas acima do peso que a categoria poderia suportar.
Conclamamos a categoria a deixar de ser a BESTA e lutar para que seus direitos sejam respeitados.
Autor: Marcio Luis Pontes – Médico Veterinário e Fiscal Estadual Agropecuário – AGED.

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