VEJAS AS DIFERENÇAS: DENGUE E FEBRE CHIKUNGUNYA
O mesmo
mosquito que transmite a dengue, o Aedes Aegypti, é o transmissor de uma doença
nova no Brasil, a febre chikungunya, que surgiu na África e vem avançando pela
América do Sul. As duas doenças são bastante parecidas. É preciso estar atento
para prevenção e tratamento.
“Ambas têm em
comum o agente transmissor, o Aedes Aegypti, e os sintomas que são parecidos,
bem como o tratamento. A diferença é que a febre chikungunya é de período mais
curto e os sintomas hemorrágicos são menos observados”, esclarece o médico
clínico do Hapvida de Belém, Wagner dos Santos. A principal diferença da
chikungunya é a sensação de fortes dores nas articulações, com sinais de
flogose - vermelhidão, dor, inchaço e calor. As duas doenças são diagnosticadas
com exames de laboratório e podem se manifestar em um mesmo paciente.
Dengue x febre chikungunya
No caso da
dengue, há mais risco da doença evoluir para a forma hemorrágica, com o aparecimento
de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal
intensa e contínua e vômitos persistentes. “Esse é um quadro grave que
necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal”, enfatiza Alfredo
Passalacqua.
Na chikungunya, após o período de incubação
que é em média de três a sete dias, a fase aguda é caracterizada principalmente
por febre de início súbito e surgimento de intensa artralgia. Essa fase dura,
em média, até sete dias. Os pacientes geralmente apresentam febre elevada de
início abrupto, poliartralgia, dor nas costas, cefaleia e fadiga. Outros sinais
na fase aguda da chikungunya são calafrios, conjuntivite, faringite, náusea,
diarreia, neurite, dor abdominal e vômito.
Prevenção
Tanto na dengue
quanto na chikungunya a melhor forma de prevenção é a mesma: combater os focos
do mosquito transmissor. A proteção se dá, basicamente, combatendo o vetor, em
grande parte um dever da população, dando destino adequado ao lixo doméstico,
principalmente vasilhames plásticos. É fundamental não permitir em sua
residência locais que sirvam de criadouro para o mosquito, uso de repelentes,
inseticidas e mosquiteiros.
“Principalmente
no caso da febre chikungunya, na confirmação de um doente, é importante
isolá-lo para que não seja picado pelo mosquito e assim propagar a doença”,
alerta Wagner dos Santos.
Uma vez
diagnosticadas por meio de exames, ambas as doenças devem ser tratadas com
analgésicos e antitérmicos e hidratação, tanto via oral quando venosa. “É
contra indicado o uso de AAS. Há perigo da hemorragia”, reforça Alfredo
Passalacqua.
Tanto para a dengue
quanto para a chikungunya não há vacina nem antiviral específico. Embora a
febre de chikungunya não seja uma doença de alta letalidade, dizem os médicos,
ela tem elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente. “Em ambas
as doenças as crianças, os idosos e aqueles que sofrem de doenças crônicas são
mais suscetíveis a complicações”, conclui Passalacqua.
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