Dia 30 de abril: Greve Nacional dos/as trabalhadores da educação básica pública
O ano de 2015
iniciou com os mesmos problemas de sempre na área educacional do País. Faltam professores
nas escolas, as salas de aula continuam superlotadas, grande parte dos gestores
insiste em descumprir a Lei do Piso Salarial do Magistério, os funcionários da
educação não conseguem ter acesso à profissionalização e, quando têm, não são
valorizados nos planos de carreira, as escolas se mantêm em estado de penúria –
estudos com base nas estatísticas oficiais revelam que menos de 1% delas
possuem infraestrutura e equipamentos completos, tais como bibliotecas,
laboratórios de informática e ciências, acesso à Internet, salas de aula com
projetores, quadras esportivas, sanitários adequados, salas para os
profissionais da educação, cantinas salubres e espaços de recreação seguros e
compatíveis com as atividades educativas.
Em razão
dessas condições prejudiciais à aprendizagem dos estudantes, e pela ausência de
ações efetivas dos gestores em melhorar as condições das escolas públicas e a
valorização dos/as educadores/as, em muitos lugares, o ano letivo ainda nem
começou e em outros ocorrem ou já ocorreram greves da categoria, a exemplo de
São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Pará, Roraima, Paraná e de
várias redes municipais, como João Pessoa-PB, Juiz de Fora-MG, Itaporanga-SE,
entre outras. Alguns estados estão em estado de mobilização, podendo deflagrar
greves a qualquer momento, como é o caso de Goiás, Alagoas e Amazonas, além do
Distrito Federal.
Pauta
importante de reivindicação dos/as educadores/as refere-se ao aumento dos
investimentos educacionais na proporção de 10% do PIB, ao longo da próxima
década – tal como prevê a meta 20 do Plano Nacional de Educação –, o que requer
a imediata vinculação de novos recursos para a área, sobretudo dos royalties de
petróleo e gás natural que serão destinados a Estados e Municípios pelo regime
de partilha do Pré-sal. A CNTE possui minuta de projeto de lei para ser
aprovada em todas as Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas do País,
a qual destina esses recursos em percentuais similares à Lei Federal 12.858
(75% para a educação pública e 25% para a saúde).
Além da luta
por escola pública de qualidade para todos/as e pela valorização dos/as
trabalhadores/as em educação – compreendendo a imediata regulamentação do piso
salarial e das diretrizes nacionais de carreira para todos os profissionais da
educação –, a CNTE e seus sindicatos filiados também lutam pelos direitos da
classe trabalhadora, que atualmente têm sofrido ataques sem precedentes na
história recente do País.
A alteração
nas Medidas Provisórias 664 e 665, que dificultam o acesso ao seguro desemprego,
ao abono salarial, ao auxílio doença e às pensões por morte, além da não
aprovação pelo Senado do PL 4.330/04, que visa instituir a terceirização
ilimitada nas empresas privadas, públicas e de economia mista (Petrobrás, Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social, Correios, empresas de energia elétrica e de saneamento básico, entre
outras) são pautas de nossa luta e requerem a máxima compreensão e apoio da
sociedade, pois representam sérios riscos para o bem estar futuro do país.
Venha fazer
parte desta luta!
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