Sinproesemma promove debates sobre unificação das matrículas
Dezenas de educadores de São Luís
aproveitaram a manhã do último sábado (dia 25) para conhecer os detalhes das
propostas de unificação e ampliação de jornada. Os dois temas foram debatidos
nas últimas reuniões entre diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública (SINPROESEMMA) e o Governo do Estado. A recente proposta é a
substituição da unificação das duas matrículas pela ampliação da mais antiga e
exoneração da mais nova.
No início dos debates, o
presidente do SINPROESEMMA, Julio Pinheiro, esclareceu que a volta da discussão
sobre a unificação de matrículas é importante, pois demostra que o governo do
estado está interessado em contribuir com a resolução dos problemas enfrentados
pelos educadores da rede estadual, principalmente a inconstitucionalidade do
servidor público ter mais de duas matrículas.
Pinheiro lembrou que debate sobre
os dois assuntos surgiu após o cruzamento de matrículas, em 2013, mas havia
sido encerrado no final de 2014, quando o governo não apontou mais caminhos.
Com a retornada das discussões,
surgiu uma nova sinalização para concretizar a vontade dos professores em
trabalhar na legalidade, acrescentando os benefícios à aposentadoria.
Novo caminho – A mais recente
proposta de unificação de matrícula sugere a ampliação da matrícula mais velha
e exoneração da mais nova. Assim, o educador, com duas matrículas na rede
estadual e uma na rede municipal, por exemplo, não teria prejuízos, porque,
após completar cinco anos, levaria, integralmente, os direitos e a remuneração
dobrada para a aposentadoria.
Na proposta anterior, as duas
matrículas se tornariam uma, mas haveria perda com a média ponderada, que é o
cálculo do tempo de serviço entre uma matrícula e outra. “Assim o professor não
terá perdas na aposentadoria”, avalia Pinheiro.
Dentro dessa perspectiva, Julio
Pinheiro também manifestou o interesse de ampliar a proposta para criar o
instituto da ampliação de jornada de 20 horas para 40 horas, mantendo a
proporcionalidade dos salários. Essa seria uma medida para colocar mais
professores na rede e minimizar a prática de dobras e contratos precários.
“Ainda precisamos da confirmação da vontade política do governo do estado para
iniciar a regulamentação das duas propostas”, ressaltou.
Segundo o presidente do
SINPROESEMMA, nos próximos dias, haverá uma nova reunião para que o governo se
posicione. Em seguida, o presidente do Sindicato vai convocar os trabalhadores
para um novo encontro. A expectativa é que o debate se encerre no final do
primeiro semestre e a medida possa entrar em vigor antes do concurso público
deste ano.
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