SUPERAÇÃO: COM UM PAR DE MULETAS JOVEM PERCORRE 4 PAÍSES AFRICANOS E AJUDA REFUGIADOS!!

Procurando uma boa desculpa para viajar, a jornalista Jéssica Paula Prego decidiu aproveitar o trabalho de conclusão de curso na Universidade de Brasília para pesquisar a realidade de países que vivem guerras civis. As leituras a respeito a deixaram compadecida: havia poucas informações sobre o tema, e até mesmo a ONU trazia dados imprecisos. A garota, que é deficiente física e anda de muletas, entendeu ser aquela a sua missão, juntou os R$ 4,2 mil que havia guardado da mesada e partiu para a África. A experiência deve virar livro no mês que vem, contando como ela se sentiu quando improvisou uma canga com estampa do Cristo Redentor como véu, foi expulsa do Sudão e ainda contraiu malária.
"Decidi que iria escrever sobre refugiados porque com certeza encontraria histórias incríveis e, principalmente, porque praticamente ninguém escreveu uma boa narrativa sobre eles", lembra a menina. "Planejei a viagem para Etiópia, Sudão, Sudão do Sul e Uganda. A escolha deles foi porque o Sudão é um país polêmico, tem um dos maiores números de crianças soldados, e algumas regiões ainda vivem em um conflito armado. Por ser uma ditadura, poucos sabem sobre o que acontece por lá."
A família da jornalista aceitou a ideia com certa relutância. Antes de fazer a viagem, Jéssica passou seis meses tentando levantar informações sobre as fronteiras, estradas e voos entre os países e descobriu que só conseguiria saber a maior parte das coisas pessoalmente, "se arriscando". O itinerário começou pela Etiópia, em 24 de maio de 2013.

"A maioria dos meus conceitos mudou. Descobri que há cidades da Etiópia muito mais seguras do que a maioria das cidades brasileiras – o índice de assaltos, por exemplo, é baixíssimo. Antes eu achava que os refugiados escolhiam ir morar nos campos de refugiados em busca de uma vida melhor, mas não. As milícias atacam os vilarejos, estupram as mulheres, matam os homens e sequestram as crianças. Todos saem correndo, se escondem na mata e acabam sendo encontrados por ONGs, como a Cruz Vermelha, que os levam para os campos. A maioria deles nunca mais viu a família. Foi por isso uma das conversas mais emocionantes que tive [quando] um refugiado me perguntou se eu tinha pai e mãe. Eu respondi que sim, e ele mal podia acreditar", conta.


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