Sinproesemma apresenta demandas dos educadores à Segep
Depois da
reunião na Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a direção do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) realizou o
primeiro encontro com o secretário de Gestão e Previdência, Felipe Camarão. A
reunião, que durou cerca de 2 horas e ocorreu na própria Secretaria, no Calhau,
teve o objetivo de familiarizar os problemas da rede estadual de educação com o
novo titular da pasta.
Entre os
pontos discutidos, estava a unificação e ampliação de matrícula. O presidente do
SINPROESEMMA, Julio Pinheiro, disse que o assunto estancou no ano passado
quando a direção e os técnicos da pasta não conseguiram avançar na proposta.
Com uma nova equipe no governo, a entidade pretende buscar um caminho para
tirar do papel as propostas que chegaram ao Sindicato por meio de professores
que estavam enfrentando problemas do cruzamento de três matrículas.
A proposta de
unificação pretende transformar duas matrículas de 20 horas em uma de 40 horas
na rede estadual, colocando o servidor dentro da legalidade, pois não é
permitido ter mais de três matrículas no serviço público. Assim, o servidor
poderá ter duas matrículas, sendo uma na rede estadual e outra na rede
municipal.
Júlio Pinheiro
entende que, além da garantia da renda familiar e exclusão de processo de
cruzamento de matrículas, a unificação de matrículas poderá melhorar o
desempenho dos profissionais e qualidade do serviço, pois, em vez de trabalhar
em várias escolas, o profissional poderá fazer 40 horas em apenas uma unidade
de ensino.
“É desgastante
trabalhar em escolas distantes com três ou mais matrículas e ainda é mais
doloroso o profissional, depois de anos, perder cerca 30% do que recebe em
função do cruzamento de matrículas. Por isso precisamos oferecer a
possibilidade de unificação na rede estadual”, defendeu Julio Pinheiro.
O advogado do
SINPROESEMMA, Luiz Henrique, lembrou que a ampliação de matrícula foi realizada
em vários estados do país e acredita que a falta de interesse do governo
passado se justificava na prática de usar os contratos temporários como “moeda
de troca”.
Segundo a
denúncia do advogado, o governo condicionava apoio de deputados, vereadores e
prefeitos para a concessão de contratos. Por isso, conclui ele, ampliar as
matrículas, por exemplo, significava tirar um contrato da rede.
Excedentes
Avançando nas
discussões, o Sindicato, assim como fez no encontro com a Seduc, também
reforçou a cobrança pelo posicionamento sobre os excedentes do concurso público
de 2009. Entre as sugestões apresentadas pela entidade, está a mediação de um
acordo na ação civil pública que tramita na 1º Vara da Fazenda Pública de São
Luís.
No primeiro
momento, o objetivo é garantir a nomeação de uma quantia significativa de
excedentes, principalmente daqueles que ajuizaram ações, mas que ainda não
estão empossados na rede de ensino por interpretação errada dos juízes ou, em
alguns casos, foram exonerados após a derrubada das decisões em tribunais
superiores.
Mais cobranças
No encontro,
também foram cobradas a descentralização das perícias médicas, a devolução do
atendimento do Hospital do Servidor, as gratificações de estímulo profissional
dos profissionais do Cintra e a atualização nos valores do vale transporte.
O secretário
Felipe Camarão fez anotações das exigências e vai delegar servidores da pasta
para fazer estudos sobre as demandas apresentadas pelo Sindicato. A intenção é
dar respostas, na próxima reunião, que ainda será marcada, sobre o que governo
do estado poderá fazer nos próximos meses.
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