Reajuste salarial, jornada extraclasse e previdência são discutidos em encontro dos núcleos
Reajuste do Piso, jornada extraclasse e
repasses aos Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foram as
prioridades elencadas pelos dirigentes sindicais no Encontro de Núcleos
do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA).
Com a presença de representantes de 70 núcleos sindicais, atividade,
que ocorreu na tarde do último sábado, dia 12, no Grand São Luís Hotel,
teve o objetivo de contextualizar a luta pela educação diante do cenário
de instabilidade política e crise econômica.
O presidente do SINPROESEMMA,
Júlio Pinheiro, argumentou que o processo de impeachment, defendido por
setores que perderam as eleições, traz sérias consequências para a luta
dos trabalhadores no Maranhão. O dirigente citou que volta do PSDB ao
governo, por exemplo, ameaça às políticas públicas conquistadas nas
conferências de educação.
Além disso, Pinheiro acusou a
oposição de defender uma pauta neoliberal, restringindo reajustes
salariais e privatizando a educação pública. Com isso, o dirigente vê
ameaças à lei do piso do magistério, aprovada no governo Lula, que prevê
o reajuste anual da categoria e o terço da carga horária destinada ao
planejamento escolar.
“Corremos o risco de perder grandes
conquistas, o que dificultará a vida das pessoas . Por isso nossa luta
não é apenas defender a Dilma, mas garantir as regras do jogo”, defendeu
o dirigente.
Não ao golpe. A vice-presidente do SINPROESEMMA,
Benedita Costa, também reforçou o discurso contra o golpe que está em
curso no país. Para a dirigente, os educadores, como os principais
formadores de opinião na sociedade, têm uma responsabilidade grande no
debate atual. “Entendemos que nós temos que nos unir e fortalecer para
não perde a democracia que foi construída com muita luta”, defendeu,
convocando a categoria a participar do ato público na quarta-feira, dia
16, a partir das 15h, na Praça João Lisboa, em São Luís.
Crise e recomposição. Os
dirigentes também discutiram como a crise econômica poderá interferir na
recomposição salarial dos profissionais da educação, principalmente nas
redes municipais. Na opinião dos dirigentes, a crise será o “plano de
fundo” para os gestores não cumprirem a recomposição salarial.
Porém, Pinheiro acredita que a
corrida pela eleição e reeleição em 2016 será um ingrediente a mais para
a categoria se mobilizar e pressionar os candidatos pela recomposição
dos vencimentos dos professores.“Vamos ter a clara intenção de eleger prefeitos com o comprometimento de cumprir a pauta dos educadores, destacou Pinheiro.
INSS. Entre os grandes desafios a serem superados em 2016 estão os problemas previdenciários. O coordenador do núcleo do SINPROESEMMA em Balsas, José Luís, lembrou que a situação dos professores é gravíssima, pois sem os repasses descontados nos contracheques à previdência, os servidores podem se aposentar com metade do que têm direito ou receber apenas um salário mínimo.
A professora Janice Nery, secretária-geral do SINPROESEMMA,
disse que as iniciativas tomadas até agora não estão surtindo efeito.
Por outro lado, a dirigente antecipou que a direção do Sindicato está
estudando a possibilidade de contratação de escritório especializado na
área previdenciária.
De acordo com a dirigente, até o ano
de 2016 os educadores contarão com os serviços de advogados do Rio
Janeiro para o ingresso de ações de improbidade administrativa por falta
do pagamento da aposentadoria ao INSS. A intenção do SINPROESEMMA é intimidar os gestores para regularizar a situações dos docentes e garantir a aposentadoria.
Balanço positivo. O secretário de Patrimônio e Administração do SINPROESEMMA, Raimundo Oliveira, elogiou o engajamento dos trabalhadores nos municípios que promoveram greves e manifestações em favor dos direitos dos educadores. Segundo Oliveira, que acompanhou várias mobilizações, o balanço de 2015 é positivo e 2016 promete ainda mais. “Precisamos da nossa participação para defender os direitos dos educadores”, destacou.
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