Estudantes ocupam oitava escola de Goiás em ato contra reforma na educação!!!
Estudantes de Goiás ocuparam hoje (14) mais quatro escolas públicas
do estado, segundo a Secretaria de Educação e a organização do
movimento. Agora são oito as unidades ocupadas pelos alunos contrários
às propostas de reforma que terceirizam a administração das instituições de ensino estaduais.
De acordo com a secretaria, estão ocupadas seis escolas em Gôiania, uma em Aparecida de Goiânia e uma em Anápolis, distante 60 quilômetros (Km) da capital do estado. Como as
escolas estão em período de prova, os alunos fazem as avaliações em
unidades próximas às ocupadas, sem prejudicar o fim do ano letivo.
As
ocupações começaram na quarta-feira (9) pelo Colégio José Carlos de
Almeida, após o governador Marconi Perillo (PSDB) autorizar a formalização da
parceria que transfere a gestão das escolas da rede estadual para
organizações sociais, que são entidades privadas filantrópicas.
A
intenção é que as entidades comecem a operar já no primeiro semestre de
2016. A próxima etapa é a seleção das organizações sociais. Conforme a
proposta, além de cuidar da administração e infraestrutura, as entidades
privadas poderão contratar professores e funcionários administrativos. O
quadro atual de concursados será mantido, mas novos profissionais
também poderão ser escolhidos por elas.
Para os estudantes, a
medida é negativa e a decisão de implantá-la foi feita sem diálogo com
as escolas. Diretor da União Goiana dos Estudantes Secundaristas,
Gabriel Tatico informou que a medida é uma privatização da educação
pública.
"O movimento estudantil organizado vai dialogar, mas
não vamos retroceder. Queremos o fim desse projeto. Vamos parar quando
houver um diálogo real de construção de uma nova perspectiva para a
educação do estado, que não seja a terceirização ou a militarização".
Em
nota divulgada sexta-feira (11), a Secretaria de Educação afirmou que o
movimento é “extemporâneo, injustificável e desnecessário” e que a
proposta de gestão compartilhada vai garantir que professores e
diretores se dediquem exclusivamente ao ensino.
“As escolas
permanecerão 100% públicas e gratuitas. Os professores efetivos terão
todos os diretos assegurados e os recursos aplicados serão os mesmos,"
Edição: Armando Cardoso
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