O MAIOR CRIME AMBIENTAL DOS ÚLTIMOS 30 ANOS !!
Uma tragédia imensurável...
Para
quem ainda não entendeu a dimensão da catástrofe que se deu ao longo do
Rio Doce, segue o impacto dessa tragédia para nosso pais.
O
que está acontecendo no Rio Doce é pior do que a soma dos piores
desastres ambientais ocorridos no Brasil dos últimos 30 anos.
Por
qualquer critério disponível, seja extensão ou volume de rejeitos, a
soma de todas as catástrofes já ocorridas no brasil, não se compara ao
que ocorreu com o Rio Doce.
Por que motivo, até agora, a mídia não deu a devida atenção a essa tragédia? Que interesse há em esconder o maior crime ambiental, de proporções épicas, do povo brasileiro?
Por que motivo, até agora, a mídia não deu a devida atenção a essa tragédia? Que interesse há em esconder o maior crime ambiental, de proporções épicas, do povo brasileiro?
O
impacto ambiental causado pelo rompimento de duas barragens em Bento
Rodrigues, distrito de Mariana, na região Central de Minas, no último
dia 5, ainda é pouco divulgado pelos órgãos oficiais. Mas para os
ambientalistas já é tido como certo a impossibilidade de se recuperar o
rio Doce.
As imagens aéreas de Mariana, em Minas Gerais, são impressionantes. A lama tomou conta de tudo. Dias depois do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco (Já se sabe que 50% da Samarco pertence à Vale, a Vale que tirou o Rio Doce de seu nome e nele despejou lama tóxica), bombeiros ainda trabalham à procura de vítimas desaparecidas e a lama já chegou ao Espírito Santo.
As imagens aéreas de Mariana, em Minas Gerais, são impressionantes. A lama tomou conta de tudo. Dias depois do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco (Já se sabe que 50% da Samarco pertence à Vale, a Vale que tirou o Rio Doce de seu nome e nele despejou lama tóxica), bombeiros ainda trabalham à procura de vítimas desaparecidas e a lama já chegou ao Espírito Santo.
Já é possível fazer uma previsão dos principais danos que os rejeitos de minério tóxicos, despejados na natureza, podem causar. De intoxicação à morte do rio Doce, estes são os principais impactos:
O rompimento das barragens de Fundão e Santarém despejou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de vários minérios no meio ambiente – a lama que podemos ver nas muitas imagens chocantes feitas após o desastre.
O
desastre começa a ganhar números que dão a dimensão da catástrofe
ambiental. Amostras da enxurrada de lama que foram coletadas cerca de
300 km depois do distrito de Bento Rodrigues apontam concentrações
absurdas de metais como ferro, manganês, alumínio e especula-se que
também mercúrio.
Segundo o chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da USP, Anthony Wong, a concentração comprovada mais preocupante é do manganês.
— É um metal tóxico que, por ser mais pesado, devia estar depositado no fundo. Pode provocar alterações nas contrações musculares, problemas ósseos, intestinais e agravar distúrbios cardíacos. O alumínio não traz riscos para a população em geral, mas nestas quantidades pode trazer riscos para diabéticos, pessoas com tumores ou problemas renais crônicos. O organismo mais ácido absorve mais alumínio.
Segundo o chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da USP, Anthony Wong, a concentração comprovada mais preocupante é do manganês.
— É um metal tóxico que, por ser mais pesado, devia estar depositado no fundo. Pode provocar alterações nas contrações musculares, problemas ósseos, intestinais e agravar distúrbios cardíacos. O alumínio não traz riscos para a população em geral, mas nestas quantidades pode trazer riscos para diabéticos, pessoas com tumores ou problemas renais crônicos. O organismo mais ácido absorve mais alumínio.
Segundo
o Jornal Hoje, o serviço autônomo de água e esgoto de Governador
Valadares, uma das cidades atingidas pela lama, fez uma análise química
da água do rio Doce. A análise encontrou alto índice de ferro, o que era
esperado, mas também "uma grande quantidade de mercúrio".
O
mercúrio é altamente tóxico. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, ele
pode "afetar o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imune
dos seres humanos".
De acordo com confirmação do prefeito da cidade de Baixo Guandu, Neto Barros, a análise laboratorial das amostras da água do Rio Doce, coletada em Minas Gerais, aponta a presença de metais pesados em concentração acima do aceitável. Segundo o prefeito, foi detectada a presença de metais como mercúrio, alumínio, ferro, chumbo, boro, bário, cobre, entre outros.
De acordo com confirmação do prefeito da cidade de Baixo Guandu, Neto Barros, a análise laboratorial das amostras da água do Rio Doce, coletada em Minas Gerais, aponta a presença de metais pesados em concentração acima do aceitável. Segundo o prefeito, foi detectada a presença de metais como mercúrio, alumínio, ferro, chumbo, boro, bário, cobre, entre outros.
Isso
se as pessoas forem expostas a grandes quantidades de mercúrio e por
tempo prolongado. Ainda não é certo que o mercúrio tenha vindo
especificamente da lama de rejeitos, mas essa é uma possibilidade que
precisa ser analisada.
O
biólogo e ecólogo André Ruschi, que atua na Estação Biologia Marinha
Augusto Ruschi em Aracruz, Santa Cruz, no Espírito Santo, acredita que
os rejeitos só começarão a ser eliminados do mar em 100 anos, no mínimo.
Segundo
ele, a substância poluente já é conhecida na região, porque está na
praia de Cambuí, entre outros locais no Espírito Santo. "Assim como
mercúrio, há também cromo, arsênio, e outras substâncias que são venenos
poderosíssimos”, explica.
Ainda
de acordo com o biólogo André Ruschi, substâncias como o mercúrio não
são eliminadas pelo organismo, uma vez que já foram absorvidas. “Elas
vão se acumulando cada vez mais, pouquinho a pouquinho, até atingir uma
concentração que causa ou uma doença ou mata o indivíduo”, diz.
“Isso
pode durar anos, mas vai acontecer. E tudo vai terminar na cadeia
alimentar, esses elementos vão ser absorvidos pelo homem. São elementos
químicos puros, e não simplesmente uma molécula que vai se desfazer e
vai virar outra coisa. Vai sempre ser uma substância venenosa se
acumulando na cadeia alimentar”, analisa.
Se considerarmos que a lama é segura do ponto de vista da saúde humana, o que fatalmente não é, o maior impacto que ela causará será no meio ambiente.
Esses rejeitos devem deixar o solo de toda a área atingida infértil.
Segundo professores da URJ, o resíduo é pobre em material orgânico, e
por isso não favorece o nascimento de plantas ou de vegetação. Aos
poucos, a lama vai secando, criando uma capa ressecada no solo onde nada
nasce. É como se a terra fosse "cimentada". Hortas e roças de pequenos
agricultores estarão inviabilizadas.
O
pior impacto, sem dúvida, será no rio Doce. O jornal O Tempo, de Minas
Gerais, falou com responsáveis por um projeto que monitora os impactos
ambientais nos rios mineiros.
O
cenário que os pesquisadores descrevem é devastador. A lama deverá
matar peixes, algas, invertebrados, répteis e anfíbios. Ou seja, toda a
vida que depende do rio. As nascentes, locais importantes para as
espécies de peixes do rio se reproduzirem, foram soterradas pelos
rejeitos, comprometendo a saúde do rio, das espécies e o abastecimento
de cidades.
No curto prazo, o leito do rio se tornará estéril.
Ao
descer pelo rio Doce, a lama afetou 15 municípios. Desses, apenas um
não depende exclusivamente do rio para abastimento de água. Alguns
municípios já interromperam o abastecimento. A expectativa é que 500 mil
pessoas fiquem sem água.
Ao
seguir o curso do rio Doce, os 62 milhões de metros cúbicos de lama da
Samarco percorreram um trajeto de cerca de 400 quilômetros até chegar na
costa do Espírito Santo. É muita lama.
E estamos falando da mais importante bacia hidrográfica dentro da Região Sudeste.
A
mídia não divulga, mas especula-se que são centenas de pessoas
desaparecidas. Só em Bento Rodrigues, metade dos moradores (cerca de 300
pessoas) não conseguiram sair a tempo. Sem contar os milhares de
animais mortos ao longo do rio.
Seria
como uma longa estrada com quase 600 km de extensão onde se vê apenas
destruição. Visualize peixes, vacas, cavalos, cachorros, plantas, enfim,
tudo que estava na frente da intitulada LAMA.
Segundo
os moradores, "toda a economia dos municípios está comprometida. As
escolas suspenderam as aulas, a agricultura está inexistente, porque não
tem chuva, o comércio já quase parou, pois não tem água, nem para os
banheiros; bares e restaurantes estão adotando material descartável para
servirem, mas não existem panelas descartáveis e essas precisam ser
lavadas.
A
construção civil também foi afetada; não há água para o banho das
pessoas. Hospitais e asilos, presídios e serviços essenciais estão sendo
abastecidos por caminhões pipa, que precisam ir a outros municípios
para se abastecerem de água, o que está onerando os cofres públicos com
o alto consumo de combustível – isso quando conseguem passar pelas
estradas bloqueadas pela manifestação de caminhoneiros.
O Rio Doce, um dos MAIORES DO BRASIL, está morto!
As
populações, desde Mariana-MG até Linhares-ES (e depois no Oceano
Atlântico) estão sofrendo as consequências do que já é considerado a
maior tragédia ambiental, ecológica, econômica, hídrica, já ocorrida no
país.
E as consequências serão sentidas por muitos décadas. Somente em Governador Valadares são 260 mil pessoas afetadas.
Todos os peixes morreram envenenados e já se pode sentir o “cheiro” a kms de distância. ”
Ninhos de tartarugas na foz do rio estão sendo removidos para tentar salvar antes que os rejeitos chegue.
Esta
sopa de lama tóxica que desce no rio Doce e descerá por alguns anos
toda vez que houver chuvas fortes irá para a região litorânea; Além
disso, o rio passa por 230 municípios que dependem dele para
subsistência e trabalho. Atividades como extração de ouro e outros
minerais, materiais de construção, agropecuária e pesca, também serão
drasticamente prejudicadas.
O
mais grave é que a água de rejeitos vai atingir o Corredor Central da
Mata Atlântica, uma área prioritária para a conservação de várias
espécies e que engloba os estados da Bahia, Espírito Santo e uma pequena
parte de Minas Gerais.
Ainda
conforme Ruschi, o rio é o eixo dos nutrientes. “Essa lama vai poluindo
tudo e deixando resíduos em toda a cadeia, todo o leito do rio. E como o
PH já é muito alto no rio, em 10, e é extremamente cáustico, essa lama
matará completamente qualquer coisa do rio, inclusive, espécies exóticas
do Rio Doce que estão extintas a partir de hoje”, determina.
Este é o nosso vazamento de óleo do Golfo México, nosso vazamento da Exxon no Alasca, nosso Fukushima, mas quem se importa?
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