Dilma afirma que programas de educação não serão comprometidos com ajuste fiscal
Na última
terça-feira (19), a União Nacional dos Estudantes (UNE) se reuniu com a
presidenta Dilma Rousseff. Hoje (21), em entrevista para a Rádio Brasil Atual,
a presidenta da UNE, Virgínia Barros, a Vic, fez um balanço do debate que
reivindica que a educação não sofra cortes. “Foi uma reunião importante, a
presidenta apresentou compromissos fundamentais, e garantiu que nenhum programa
social ficará comprometido.”
Segundo a
líder do movimento, também foi debatido no encontro a defesa dos estudantes
dependentes do Fies e as medidas tomadas pelo governo em nome do ajuste fiscal.
“Pedimos uma reformulação e um aprimoramento no programa de financiamento
estudantil, e apresentamos nossa opinião sobre o bojo desse ajuste orçamentário
que o governo está fazendo. A educação precisa ser preservada, pois é um setor
estratégico para o desenvolvimento do país.”
Vic Barros
afirma que entre os compromissos firmados pela presidenta foi incluído, ainda
para este ano, a abertura de um milhão de novas vagas nas universidades
brasileiras, através dos programas federais Sisu, Prouni e Fies.
Para a
presidenta da UNE, o cenário atual da educação de nível superior é preocupante.
“O Ministério da Educação restringiu o repasse das verbas, e diz que esse é o
procedimento enquanto não sai o decreto de regulamentação do Orçamento do ano.
Mas independentemente das justificativas, tem universidades, como a Federal do
Rio de Janeiro, que chegou a ficar sem aula por causa do falta de pagamento dos
funcionários terceirizados", disse.
A situação da
educação ainda é positiva, na opinião de Virgínia, motivada por avanços que
conquistados nos últimos anos, como o Plano Nacional de Educação, a aplicação
dos royalties do pré-sal no setor, e os programas de inclusão social, como o
Enem e as cotas. “Tivemos conquistas importantes. Nos últimos dez anos foram
duplicados os números de jovens que têm acesso ao ensino superior, a aprovação
do PNE foi fundamental, pois é um projeto que visa formular e direcionar
políticas educacionais na próxima década.”
No próximo dia
29 está marcada uma paralisação nacional contra o ajuste fiscal e o projeto que
autoriza a terceirização irrestrita de mão de obra pelas empresas. A mobilização
idealizada pela CUT contará com a participação da UNE, entre outras entidades.
“Este momento de crise econômica exige muita mobilização social para que
consigamos enfrentar esse momento, e que nenhum trabalhador seja prejudicado.”
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