Câmara aprova cláusula que barra acesso a Fundo Partidário
A Câmara dos
Deputados aprovou na noite de ontem, em primeiro turno, uma cláusula de
barreira para restringir o acesso de pequenos partidos a recursos do fundo
partidário e tempo de televisão. Pela nova regra, só as legendas que elegerem
ao menos um deputado federal ou senador terão esse direito.
A mudança
ainda precisa ser aprovada em segundo turno na Câmara e depois ser apreciada
pelo Senado. Fez pacote da reforma política em votação nesta semana na Câmara.
Hoje, não
existe cláusula de barreira e qualquer novo partido político obtém acesso a
recursos do fundo partidário, proporcional aos votos que seus candidatos
obtiveram pra Câmara, além de um valor mínimo para todos.
A regra,
aprovada por 369 votos, e que teve 39 manifestações contrárias, foi considerada
tímida por diversos parlamentares e representou um aceno do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), às pequenas legendas após negociação para elas
aprovarem o financiamento privado para partidos.
Segundo o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), hoje existem 32 partidos políticos. Só quatro
seriam afetados pela regra: PSTU, PCO, PCB e PPL. As outras 28 legendas possuem
cadeira no Legislativo.
O relatório
inicial da reforma política, feito pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) na
comissão especial que tratou do tema, previa uma cláusula de barreira que, na
primeira eleição do partido, exigia a vitória de ao menos um parlamentar,
enquanto na segunda eleição exigia a obtenção de 1% dos votos nacionais e, na
terceira, 2% dos votos.
Com Castro
defenestrado por Cunha, a reforma passou para as mãos do deputado Rodrigo Maia
(DEM-RJ), que apresentou em seu relatório essa nova proposta de cláusula de barreira.
(da agência Folhapress)
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