AUMENTO DE IMPOSTO? !!REFORMA DA PREVIDÊNCIA?!! COMO SERÁ??!!

      
   Ao menos no curto prazo, a avaliação de analistas consultados pela BBC Brasil é a de que o vice deve apostar em medidas que deem um "aceno" aos mercados financeiros, mostrando que ele está comprometido com o ajuste fiscal – embora haja divergências entre economistas de diferentes correntes teóricas sobre se essa seria uma boa estratégia.
   Isso significa, inclusive, a adoção de medidas impopulares como um eventual aumento de impostos, além de outras menos polêmicas como o corte de ministérios.
No médio prazo, a avaliação de analistas é que a grande aposta do vice seria uma reforma da Previdência, com inclusão da idade mínima de aposentadoria – apesar de isso também poder gerar uma resposta das ruas e de seu eventual apoio no Congresso para o projeto ser incerto.
"O mercado está com boa vontade com Temer, parece ver no vice uma luz no fim do túnel", diz Alessandra Ribeiro, economista da Consultoria Tendências.
"E até para evitar perder esse apoio, a sua estratégia, caso chegue à presidência, deve começar por indicar uma equipe econômica ortodoxa."
Entre os nomes que estariam sendo contados, segundo rumores que circulam no mercado, estão o do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú, estaria sendo considerado para o Banco Central.
"Como esse aceno aos mercados, o vice poderia ganhar algum alívio para pensar em reformas ou projetos mais amplos. O real a se manteria valorizado por um tempo – o que ajudaria no controle da inflação. Os juros também tendem a cair com essa melhora das expectativas, o que no médio prazo melhora as condições para os investimentos", completa Ribeiro.
Para Marcos Molica, sócio-responsável pela gestão de recursos da Rosenberg Partners, entre as medidas de curto prazo que devem ser analisadas pelo vice, caso chegue à Presidência, também está o corte de ministérios e do número de cargos comissionados. "Essas são medidas de baixo impacto fiscal, mas com um peso simbólico muito importante", diz.
Tanto Molica quanto Ribeiro acham difícil, porém, que uma eventual gestão Temer consiga evitar um aumento de impostos – apesar da polêmica que isso cria.
O problema é que o governo já está prevendo um rombo nas contas públicas de mais de R$ 100 bilhões este ano. E, com a queda da arrecadação provocada pela recessão, analistas dizem que será difícil para o governo cumprir as metas de superávit sem uma nova fonte de arrecadação.
 No ano passado, o governo Dilma tentou recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para arrecadar mais de R$ 30 bilhões – sem sucesso.
A pressão sobre um eventual governo Temer para cumprir as metas seria ainda maior tendo em vista que a própria Dilma acabou processada por irresponsabilidade fiscal em função de uma manobra contábil (a chamada pedalada).
"No curto prazo, o governo vai ter de achar uma forma de ampliar a receita para fechar a conta – isso será inevitável", diz Molica.
"Uma opção menos polêmica seria um aumento da Cide (o imposto sobre combustíveis)", acredita Ribeiro.
Mas e os empresários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que têm sido uma grande fonte de apoio para o vice, mas dizem não tolerar um aumento de impostos, como reagiriam?
Para Ribeiro, isso ainda é uma incógnita – a criação de impostos de fato poderia criar alguma tensão na relação.
  Já Molica acha que "empresários podem aceitar um aumento dos imposto temporariamente para ajudar a resolver a questão do orçamento." "Eles sabem que sem equilíbrio fiscal não voltaremos a crescer", diz.

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