Delcídio cita Renan Calheiros e Aécio Neves em delação!!
BRASÍLIA — O
senador Delcídio Amaral (PT-MS) citou pelo menos cinco colegas de Senado em sua
delação premiada. Entre eles estão o presidente da Casa, Renan Calheiros
(PMDB-AL), e Aécio Neves (PSDB-MG), principal nome da oposição e candidato
derrotado nas eleições presidenciais de 2014. A reportagem do GLOBO confirmou a
informação junto a pessoas com acesso ao caso.
Os outros citados
são da cúpula do PMDB no Senado: Romero Jucá (RR), segundo vice-presidente do
Senado; Edison Lobão (MA), ex-ministro de Minas e Energia; e Valdir Raupp (RO).
Renan, Jucá, Lobão e Raupp já são formalmente investigados em inquéritos da
Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O acordo de
delação de Delcídio, firmado junto à Procuradoria Geral da República (PGR),
ainda precisa ser homologado pelo STF, mais especificamente pelo ministro
relator da Lava-Jato, Teori Zavascki. O senador petista prestou os depoimentos
enquanto esteve preso preventivamente em Brasília.
Delcídio,
suspeito de obstruir as investigações da Lava-Jato, deixou a prisão em 19 de
fevereiro, por decisão de Teori. A PGR, em dezembro, denunciou o senador ao STF
por conta da suspeita de que ele atuou para atrapalhar a delação do ex-diretor
da Petrobras Nestor Cerveró. Gravações feitas pelo filho do ex-diretor,
Bernardo Cerveró, mostraram a atuação do parlamentar nesse sentido, com
referências a atuação junto a ministros do STF, pagamentos a Cerveró e plano de
fuga do ex-diretor.
SENADOR
DEPENDE DE PARES PARA SE SALVAR
Na delação
mantida sob sigilo, Delcídio narrou episódios referentes a colegas de Senado.
Sobre Renan, ele confirmou a atuação do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE)
em nome do senador. Inquéritos na Lava-Jato apuram essa relação. No caso de
Aécio, as citações de Delcídio dizem respeito à atuação do tucano numa Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), cujo detalhamento continua em sigilo.
Na semana
passada, a revelação pela revista “IstoÉ” de trechos do esboço da delação teve
forte repercussão política. O governo reagiu às acusações envolvendo a
presidente Dilma Rousseff. A principal delas é que Dilma nomeou um ministro no
Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, para tentar
obter a liberdade dos donos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. A
presidente e o ministro do STJ negaram as acusações. A oposição pretende
incorporar trechos da delação ao pedido de impeachment que tramita na Câmara.
O senador
petista fez as declarações mesmo sabendo que depende de seus pares para tentar
salvar o mandato. Um processo de cassação foi aberto no Conselho de Ética da
Casa. Se for cassado, ele perde o foro privilegiado e passa a ser investigado pela
Lava-Jato na Justiça Federal em Curitiba.
O acordo de
delação de Delcídio tem uma cláusula de sigilo de seis meses. Esta cláusula, no
entanto, não se aplicaria se a denúncia fosse concluída antes deste prazo, de
acordo com procuradores. De acordo com a revista “IstoÉ”, o ministro Teori
Zavascki, do STF, não teria validado esta cláusula.
CITADOS NEGAM
ACUSAÇÕES
Por meio da
assessoria, Renan sustentou que “nunca autorizou, credenciou ou consentiu que
seu nome fosse utilizado por terceiros”. A assessoria de Aécio disse que o
senador se manifestará “quando tiver informações mais concretas”. A assessoria
de Jucá informou que ele não comenta citações em documentos aos quais não tem
acesso. Raupp criticou a forma como vêm sendo conduzidas as delações na
Lava-Jato:
— Minha
relação com Delcídio nunca passou da relação no Congresso. Os delatores estão
ficando loucos, falam qualquer coisa para sair da cadeia. Para citar meu nome,
ele deve estar delirando. Se falou meu nome para além das relações no
Congresso, mentiu.
O advogado de
Lobão, Antonio Carlos de Almeida Castro, admitiu que conhecia a citação.
— Até agora,
todas as citações nas delações não o incriminam. Citam o nome dele, imputando
conversas sobre campanhas eleitorais. Não vejo imputação de crime nisso —
afirmou Castro.
Já o advogado
de Delcídio, Antonio Figueiredo Basto, voltou a negar o conteúdo. A posição
reflete a adotada desde o início, em razão de o acordo prever confidencialidade
e ainda não ter sido homologado pelo STF.
— Nego o
conteúdo e a origem da delação. Não há citação a nenhum senador, desconhecemos.
Não reconhecemos nenhum documento que está sendo divulgado. Estão divulgando
documentos falsos, de origem desconhecida e manipuladora — disse Basto.
Delcídio cita Renan, Aécio e mais três senadores em delação, dizem jornais - InfoMoney
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