Prefeito suspende salários e professores ocupam Secretaria de Educação
A suspensão do pagamento de 40 professores da rede municipal de Nova
Olinda levou vários profissionais associados ao Núcleo do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) a um protesto em frente à Secretaria Municipal de Educação, que ocorreu na manhã do dia 13.
Os educadores reuniram-se com o secretário para obter explicações
sobre o atraso que ultrapassa os 30 dias. Os professores ouviram do
secretário que só poderá pagá-los se eles mesmos pedirem na Justiça o
desbloqueio dos recursos referentes a 2014, pois, segundo informou aos
diretores do Sindicato, o município não tem dinheiro para efetuar os
pagamentos.
O atraso dos salários nos meses de julho e agosto, outubro e dezembro
de 2014 resultou no bloqueio dos recursos do Fundeb por decisão
judicial.
“Se esses valores forem usados para efetuar os pagamentos que o
município nos deve será bom até porque a Prefeitura está nos devendo
também o retroativo do reajuste salarial de 2015, referente a janeiro e
fevereiro. Então, queremos o desbloqueio, mas com as garantias da
Justiça de que não seremos lesados pelo prefeito como já aconteceu
várias vezes”, disse o dirigente local do SINPROESEMMA, Renato Alves.
Entenda a história da greve
Em 2014, uma greve da categoria, que durou cerca de 30 dias, levou o
prefeito Delmar Sobrinho a descontar os salários dos professores, mesmo
sem a Justiça declarar a greve ilegal.
Ao alegar que a greve seria ilegítima, o prefeito foi intimado, por
decisão judicial da segunda instância, a devolver e pagar todos os
valores atrasados aos educadores. Como o prefeito não cumpriu a decisão
judicial, a Justiça determinou o bloqueio dos valores cobrados no
processo.
“Os professores ganharam a causa graças à luta da classe que
conseguiu receber seus salários”, salienta o coordenador do núcleo em
Nova Olinda.
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