Mandato de 05 anos é aprovado na câmara federal
A Câmara dos
Deputados aprovou, por 419 votos a oito, o mandato de cinco anos para todos os
cargos eletivos, com uma regra de transição para que este período de mandato só
passe a valer a partir de 2020 para eleições municipais e 2022 para as
nacionais.
A decisão seria
uma espécie de compensação pela aprovação recente da emenda que acabou com a
possibilidade de reeleição.
Pelo texto
aprovado, haverá um período de transição e os próximos presidente da República,
governadores, deputados federais e estaduais eleitos em 2018 terão mandatos de
quatro anos. Os senadores eleitos no mesmo ano terão mandatos de nove anos.
A partir de
2022, o presidente, governadores, deputados e senadores eleitos teriam mandato
de cinco anos.
Os prefeitos e
vereadores eleitos em 2016 terão mandato de quatro anos, sem direito a
reeleição, e a partir de 2020 o mandato deles será de cinco anos.
Os deputados
rejeitaram na noite de quarta-feira a coincidência das eleições nacionais,
estaduais e municipais e o fim do voto obrigatório. A conclusão da votação da
proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma política deve ocorrer na
quinta-feira. O texto ainda precisa ser aprovado em uma segunda votação antes
de ser encaminhado para o Senado Federal.
O texto tem que
ser aprovado em dois turnos na Câmara e também no Senado. Essa foi mais uma
decisão da Casa que analisa novas propostas da reforma política nesta semana.
Em maio, o
plenário da Câmara aprovou, também em primeiro turno, o fim da possibilidade de
reeleição para chefes do Executivo – presidente da República, governador e
prefeitos. Durante a votação sobre o tempo de mandato, a maioria dos deputados
opinou que, com o fim da reeleição, quatro anos é pouco tempo para um projeto
de governo.
Nove partidos,
como PT, PSDB, PSB, PR, PSB, PDT e SD, orientaram as bancadas a votar a favor
da extensão dos mandatos para cinco anos. DEM, PPS, PCdoB e o bloco do PRB
orientaram posição contrária à proposta. O bloco do PMDB e o PV liberaram as
respectivas bancadas.
“Com o fim da
reeleição, entendo que o mandato de quatro anos fica muito curto para se
conceder um projeto”, disse o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que foi
relator da reforma política na comissão especial criada para analisar o tema,
mas cujo parecer não foi aproveitado no plenário após manobra do presidente da
Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A mudança para
cinco anos, porém, enfrentará resistência no Senado, a casa em que o mandato
atual é de oito anos.
Nesta
quinta-feira, a Câmara deve concluir as votações da reforma política, como cota
paras mulheres. As propostas serão analisadas em segundo turno pela Câmara na
primeira semana de julho.
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