Reforma da Previdência: aposentadoria do INSS de 100% só com 49 anos de contribuição!!
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que vai
alterar as regras das aposentadorias e das pensões dos brasileiros, foi enviada
nesta terça-feira pelo governo federal à Câmara dos Deputados. Entre as
principais mudanças, uma delas indica que, para se aposentar com benefício
integral, o trabalhador brasileiro precisará contribuir por 49 anos. Ou seja,
para se afastar com a idade mínima de 65 anos (tanto homens quanto mulheres)
estabelecida pela proposta, com valor total, será preciso entrar no mercado aos
16.
Além disso, o texto estabelece um tempo mínimo de
contribuição ao INSS de 25 anos, além da idade mínima de 65. Mas, com o
cumprimento desse período, o segurado terá direito a apenas 76% da
aposentadoria, percentual que aumentará gradativamente com o passar dos anos de
contribuição previdenciária.
As novas regras, se aprovadas pelo Congresso Nacional, atingirão trabalhadores dos setores público e privado. Pela proposta, a única categoria que não será afetada pelas novas normas previdenciárias é a dos militares, que terão regras de aposentadoria modificadas por meio de um projeto de lei, em 2017.
As novas regras, se aprovadas pelo Congresso Nacional, atingirão trabalhadores dos setores público e privado. Pela proposta, a única categoria que não será afetada pelas novas normas previdenciárias é a dos militares, que terão regras de aposentadoria modificadas por meio de um projeto de lei, em 2017.
Aos 41 anos, a auxiliar de serviços gerais Leila da Silva,
que só contribuiu por três anos, diz não ter esperanças de se aposentar.
— As mudanças são absurdas e nem tenho mais esperanças de me
aposentar com essas regras novas — lamentou.
Mudanças na concessão dividem opiniões
A reforma que começa a tramitar ainda esta semana já divide
opiniões. Para o ex-ministro da Previdência Social e deputado federal Reinhold
Stephanes, as mudanças são essenciais para a sustentabilidade do sistema
previdenciário do país.
— A Previdência, com essa reforma, caminha para ser mais
sustentável. O governo precisa fazer alterações agora para evitar uma reforma
mais drástica no futuro. Além disso, é importante destacar que essas
modificações acompanham o que se pratica em vários países — analisou.
Na avaliação do parlamentar Orlando Silva (PCdoB-SP), o
governo terá dificuldade de aprovar a reforma da Previdência na Câmara.
— A partir de 15 anos de idade, tem muita gente trabalhando
no nosso país, e com trabalho insalubre, difícil, duro muitas vezes. Outro
absurdo é exigir, pelo menos, 49 anos de contribuição para ter a aposentadoria
integral.
Com as mudanças, o governo estima que deixará de gastar
cerca de R$ 740 bilhões em dez anos, até 2027.
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