ESTUDANTES OCUPAM ESCOLAS ESTADUAIS DO RIO !!
A Secretaria de Estado de Educação
do Rio de Janeiro (Seeduc) diz estar disposta a negociar com estudantes a
reintegração de posse pacífica do Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes,
na Ilha do Governador, zona norte do Rio. A mensagem foi passada em uma reunião
hoje (12), na sede do órgão, com representantes da Comissão de Educação da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), do Ministério Público, e das
secretarias estaduais de Segurança e de Assistência Social e Direitos Humanos.
No encontro, a Seeduc se
comprometeu a retomar a negociação com os estudantes que participam da
ocupação. Também serão marcadas assembleias nas escolas para discutir as
principais demandas dos alunos e profissionais de educação, inclusive com a
participação do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Comissão de
Educação da Alerj.
“Nossa ideia é chegar a um
consenso para que não haja qualquer tipo de violência em relação aos alunos. A
preocupação da secretaria é única e exclusivamente com os alunos, para que eles
voltem a ter aulas, da forma mais rápida e ordeira possível”, disse o chefe de
gabinete da Secretaria de Educação, Caio Castro Lima, que comanda as
negociações.
Segundo Castro Lima, a secretaria
recebeu mensagem de pais e de alunos pedindo a volta às aulas. “Temos recebido
inúmeros e-mails e telefonemas, manifestações nas redes sociais de alunos e
pais que querem que os seus filhos tenham aulas e que o estado tome alguma
atitude para que seus filhos voltem a ter aulas”, disse.
A desocupação do Colégio Estadual
Prefeito Mendes de Moraes foi suspensa pela Justiça do Rio. Apesar da decisão,
o chefe de gabinete disse que é preciso resolver logo a questão. Castro Lima
reclamou da dificuldade em identificar um interlocutor entre os estudantes e do
que considera falta de clareza nas reivindicações.
Entre outras demandas, os alunos
do Mendes de Morais pedem a saída do diretor e eleição direta do próximo e
melhora na infraestrutura. No entanto, segundo o representante do governo
estadual, os estudantes dizem que não há pauta de cada escola, mas uma agenda
unificada que ainda será apresentada.
“A dificuldade está em ter clareza
nas demandas. Ao contrário de São Paulo, onde havia uma pauta única e objetiva,
que era contra a reorganização do sistema educacional, com o fechamento de
algumas unidades, aqui no Rio não há. É uma pauta muito variável, onde não há
foco, objetivo, meta. Não sabemos qual é a meta que eles querem atingir e isso
dificulta qualquer tipo de negociação. Tem que ter um interlocutor para
negociar”, disse.
A desocupação do colégio foi suspensa
em liminar concedida ontem (11) pelo desembargador Sérgio Seabra Varella, do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), atendendo a pedido da Defensoria
Pública estadual.
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