Oceano poderá ter mais plástico do que peixes em 2050!!
Estudo alerta
que cerca 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos por ano, e a
tendência é de aumento. Economia perde 95% das embalagens que produz após
primeiro uso.
Caso não haja
uma mudança drástica, em 2050, a quantidade de lixo plástico nos oceanos deverá
superar a de peixes, alerta um estudo divulgado nesta terça-feira (19/01) pela
Fundação Ellen MacArthur, em parceira com a consultoria McKinsey.
Estima-se que,
atualmente, mais de 150 milhões de toneladas de plásticos poluam os oceanos. De
acordo com o estudo, em 2014, a proporção entre as toneladas desse material e
as de peixe era de um para cinco. Caso não ocorram mudanças na maneira de
descarte do lixo, em 2025, a proporção será de um para três.
Pelo menos 8
milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos por ano, o equivalente a
um caminhão de lixo por minuto, diz o relatório. "Se nenhuma ação for
tomada, a expectativa é que esse número aumente para dois por minuto até 2030 e
para quatro por minuto até 2050", ressalta.
O estudo aponta
que a economia perde 95% das embalagens plásticas, no valor estimado entre 80 e
120 bilhões de dólares, após serem usadas apenas uma vez.
Para reverter
esse cenário, o estudo, baseado em diversas fontes, propõe a criação de um novo
sistema para reduzir o descarte de plástico na natureza, especialmente nos
oceanos, e buscar alternativas para o petróleo e o gás natural na produção
desse material. Caso não seja encontrada uma alternativa, essa indústria deverá
consumir 20% da produção petrolífera em 2050.
Uma mudança
radical no consumo de plástico necessita, porém, da cooperação mundial entre
empresas de bens de consumo, produtores de embalagens, empresas responsáveis
pela coleta de lixo, cidades, políticos e outras organizações, diz o relatório,
que propõe a criação de um organismo independente para a coordenação da
iniciativa.
Plástico
reutilizado poderia ser uma commodity valiosa na "economia circular",
que estimula a reciclagem, ressalta Martin Stuchtey, do Centro McKinsey para
Negócios e Meio Ambiente. "Nossa pesquisa confirma que a aplicação esses
princípios circulares pode gerar uma onda de inovação com benefícios para toda
a cadeia de fornecimento", reforça.
Comentários
Postar um comentário