Educação Física pode ter carga mínima de duas horas por semana nas escolas
A carga
horária semanal obrigatória para a prática de Educação Física no ensino
fundamental e médio deve ser de pelo menos duas horas. É o que estabelece
projeto (PLS 249/2012) do senador Eduardo Amorim (PSC-SE) aprovado nesta
terça-feira (1º) pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes nesta
terça-feira (1º).
Para Amorim, o
descaso com o ensino de educação física nas escolas justifica a adoção da
medida. O autor observa que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB),
desde 1996, deixou de determinar a carga horária mínima para essa disciplina —
as demais, contam com previsão de carga, de acordo com o ano.
A matéria
ganhou aval da comissão exatamente no Dia do Profissional de Educação Física.
Como recebeu decisão terminativa, seguirá agora para apreciação na Câmara dos
Deputados, a menos que haja recurso para que a decisão final no Senado ocorra
em Plenário.
Proteção
Na
justificativa do projeto, Amorim disse que houve um enfraquecimento da
disciplina com o fim da carga horária mínima. Segundo ele, a matéria sempre
enfrentou resistência no meio acadêmico, mas contava antes com “a capa
protetora da obrigatoriedade”.
“Assim, apesar
dos benefícios da Educação Física, os professores da disciplina sempre tiveram
que se preocupar em demonstrar para os pais, para o corpo docente e até mesmo
para os alunos sua finalidade e sua importância para a sociedade”, salientou.
O relator,
senador Romário (PSB-RJ), destacou a importância da fixação da carga, diante do
caráter essencial da disciplina e do “preconceito” do qual a Educação Física
ainda costuma ser alvo. Ele pediu a aprovação também como forma de homenagem
aos profissionais de Educação Física, no dia comemorativo da atividade.
Prevaleceu na
comissão o entendimento de que a imposição da carga horária não causará
prejuízo aos currículos. O sentido da homenagem aos profissionais de Educação
Física também motivou a aprovação unânime.
Antes, haviam
sido manifestados receios de que a medida pudesse contribuir para o
“engessamento” do sistema curricular, parcialmente montado pelas próprias
escolas..
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